Vocês conhecem a DC? Não, não estamos falando da DC Comics, mas sim da Doença Celíaca.
Vamos entender um pouco sobre ela e como os probióticos podem auxiliar?
Então vamos nessa!
O QUE É DOENÇA CELÍACA?
Segundo Moraes e colaboradores, a doença celíaca (DC) é uma enteropatia crônica autoimune, ou seja, as próprias células de defesa imunológica agridem as células do organismo, causando um processo inflamatório, comum ao longo da vida, desencadeada pelo consumo de proteínas específicas por indivíduos geneticamente predispostos. Tais proteínas estão presentes especificamente em cereais e recebem nomes específicos de acordo com a fonte de alimento. Como gliadina (presente no trigo), hordeína (presente na cevada) bem como secalina (presente no centeio). Como essas proteínas compartilham similaridades estruturais, elas são coletivamente conhecidas como glúten.
Diferentes produtos derivados de cereais e inflamação intestinal em indivíduos com DC. O consumo de produtos derivados de alimentos contendo trigo, cevada e centeio por indivíduos geneticamente suscetíveis à DC leva à atrofia das vilosidades. Além disso, ocasionam inflamação intestinal assim também desmontagem de junções apertadas.
MICROBIOTA E DOENÇA CELÍACA
O trato gastrintestinal humano é um ambiente complexo e dinâmico, abrigando um vasto número e variedade de microrganismos. Este micro ecossistema balanceado fornece ao hospedeiro uma defesa natural contra a invasão de potenciais patógenos. Recentemente, a pesquisa concentrou-se no importante papel da microbiota intestinal humana na saúde e na doença. Contudo, estudos sobre o papel da microbiota intestinal na fisiopatologia da DC ainda estão em seus estágios iniciais.
Em resumo, os estudos apontam baixos níveis de microrganismos do gênero Lactobacillus e Bifidobacterium em crianças com DC.
Leia também: MAS AFINAL, O QUE É PROBIÓTICO?
Vale salientar que a doença celíaca é mais comum em crianças, mas também pode ocorrer em adultos de ambos os sexos.
PROBIÓTICOS E DC
Até o momento, a única terapia para DC é a exclusão obrigatória e completa de fontes alimentares de grãos e qualquer alimento que contenha glúten. No entanto, muitos pacientes enfrentam dificuldades em seguir uma dieta sem glúten (GFD). A adesão à terapia varia amplamente, de cerca de 80% em pacientes diagnosticados antes dos 4 anos de idade a <40% nos pacientes diagnosticados após os 4 anos de idade.
Avanços recentes na fisiopatologia da DC contribuíram para o desenvolvimento de novas e promissoras soluções terapêuticas. Assim, muitos outros tratamentos foram identificados, como glúten geneticamente modificado, inibidores de zonulina, vacinas terapêuticas, inibidores da transglutaminase tecidual e, recentemente, probióticos.
EFEITOS BENÉFICOS DOS PROBIÓTICOS NA SAÚDE INTESTINAL
- Produção de substâncias inibitórias contra patógenos (peróxido de hidrogênio, bacteriocinas bem como ácidos orgânicos);
- Bloqueio de locais de adesão;
- Competição por nutrientes;
- Degradação de receptores de toxina;
- Regulação de imunidade.
Mais estudos são necessários para avaliar as ações de probióticos específicos contra patógenos específicos e distúrbios e definir quais dessas ações podem beneficiar pacientes com DC.
Processo de inflamação e possíveis rotas de ação probiótica na manutenção da DC. Em pacientes com DC, o aumento da permeabilidade epitelial da junção estreita (“leaky gut”) favorece a entrada de peptídeos do glúten não bem digeridos do lúmen para a lâmina própria. Uma vez lá, eles são desaminados pela enzima transglutaminase tecidual (tTG) e apresentados às células imunológicas CD4 + T pelo antígeno leucocitário humano (HLA) em células apresentadoras de antígenos (APCs), que em pacientes com DC é frequentemente dos haplótipos DQ2 e DQ8. A partir daí, as respostas imunes Th1 e Th2 são desencadeadas, resultando em autoimunidade, inflamação da mucosa e crescimento de microbiota desfavorável, agravando o prognóstico da doença. Três grandes flechas indicam onde os probióticos poderiam agir.
Mais estudos precisam ser conduzidos em relação à ingestão de probióticos e a doença celíaca. Assim, estudos futuros devem enfatizar a caracterização da microbiota com potenciais benefícios para a saúde intestinal. Sabe-se que as estirpes capazes de produzir enzimas que degradam peptídeos de gliadina e induzem efeitos anti-inflamatórios são mais adequadas para o tratamento deste distúrbio.
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REFERÊNCIAS:
Que Deus dé sabedoria e persistencia p continuarem esta é uma esperança p nós q sofremos sem nenhum tratamento.
Meu filho tem apenas 6 anos e foi diagnosticado com o grau mais grave da doença celíaca. E simplesmente não posso fazer mais nada além da restrição alimentar. Precisamos participar das pesquisas, precisamos estar atentos a oportunidades de testes. Precisamos de médicos dedicados aos doentes celiacos. Nunca imaginei que com uma medicina tão avançada que existe hj possui tão pouco médicos especialistas nesta doença. Sou una mãe desesperada por ajuda…