Como os probióticos podem ajudar o fígado e os rins?
Vamos tentar entender?
Vamos nessa!
PROBIÓTICOS, FÍGADO E RINS
O fígado e os rins excretam toxinas do sistema e processam nutrientes oriundos dos alimentos que você come.
Qualquer interrupção no funcionamento desses dois órgãos, seja por meio de doença ou infecções de curta duração, pode causar graves problemas de saúde.
Dessa maneira, é nessa perspectiva de ajudar a manter o equilíbrio da saúde, que os probióticos entram em ação.
QUEBRANDO AS PEDRAS NOS RINS
Cerca de 1 em cada 20 norte-americanos sofre de pedras nos rins em algum momento da vida.
Os homens tendem a ter mais pedras nos rins do que as mulheres, e as pedras tendem a ser algo mais recorrente.
Na verdade, para alguns, pedras nos rins são um problema que dura a vida inteira. Às vezes, elas não apresentam sintomas. Outras vezes, causam dor aguda e sangue na urina. Em alguns casos, as pedras nos rins podem causar insuficiência renal.
TIPO MAIS COMUM DE PEDRA NOS RINS
O tipo mais comum de pedra nos rins (mais de 80% dos casos) é composto de oxalato de cálcio. Um composto químico que forma cristais no formato de agulha.
As bactérias do intestino – principalmente Oxalobacter formigenes, mas também B. lactis, L. Acidophilus e B. infantis – normalmente quebram o oxalato.
No entanto, se você não tem essas bactérias intestinais em quantidades adequadas, o seu intestino absorverá o oxalato. Sendo assim, a responsabilidade por excretá-lo recai sobre os rins.
Quando os rins não conseguem excretar o oxalato com rapidez suficiente, você pode desenvolver pedras nos rins.
PROBIÓTICOS E PEDRA NOS RINS
Os probióticos ajudam pacientes com pedras nos rins a quebrar o oxalato para que ele não vá para o rim. Um estudo da Universidade de Boston descobriu que as pessoas que têm muito Oxalobacter formigenes em seus sistemas, têm 70% menos probabilidade de desenvolver pedras nos rins.
Em estudos com animais, os probióticos orais melhoram a função renal, diminuindo tanto os níveis de ureia sanguíneo quanto os de creatinina sérica. Já há muito tempo, usa-se probióticos em cães e gatos para problemas de insuficiência renal.
Evidências preliminares sugerem que os probióticos podem adiar diálise em pessoas com insuficiência renal. Mas você terá que se manter atualizado porque estão sendo feitas mais pesquisas a respeito dessa questão.
Leia também: QUANDO E PORQUÊ TOMAR PROBIÓTICOS?
MELHORE O FUNCIONAMENTO DO SEU FÍGADO
O fígado, por sua vez, processa álcool, medicamentos (incluindo aqueles sem receita médica, como ibuprofeno) e toxinas.
Vários medicamentos são particularmente prejudiciais ao fígado e podem resultar em depósitos de gordura nesse órgão.
Estar acima do peso ou obeso também pode gerar depósitos de gordura no fígado, o que pode causar inflamação, cicatrizes bem como insuficiência hepática.
Pessoas que consomem uma grande quantidade de álcool (mais de duas doses por dia para homens, e mais de uma dose por dia para mulheres) estão em risco particularmente elevado de desenvolver doenças hepáticas.
Mas mesmo pessoas que não bebem podem desenvolver doenças hepáticas, porque o fígado recebe praticamente todo fluxo do sangue oriundo do trato digestivo.
Portanto, todas as toxinas que você ingere a partir de alimentos, bebida ou remédios passam pelo fígado.
PROBIÓTICOS E FÍGADO
Evidências preliminares indicam que os probióticos reduzem a absorção de aflatoxina oriunda do intestino. Toxina que está fortemente ligada ao câncer de fígado.
Os probióticos podem ter um papel a desempenhar na prevenção do câncer de fígado em pessoas com cirrose (doença crônica em que o fígado em pessoas com cicatrizes, geralmente causada pelo abuso de bebida alcoólica ou por doença do fígado causado por toxinas ou vírus), que apresentam alto risco de desenvolver câncer de fígado.
Doenças hepáticas em estágio final, causadas por diversos problemas, podem causar encefalopatia hepática, o que significa que as toxinas (como amônia) não são excretadas pelo fígado e, portanto, afetam o sistema nervoso do paciente.
Pacientes com cirrose passam por alterações substanciais na microbiota intestinal, com o crescimento excessivo de E. coli e Estafilococo, bactérias causadoras de doenças. Em um estudo, os probióticos aumentam as espécies de Lactobacillus no intestino, e esse aumento foi associado a níveis reduzidos de amônia no sangue bem como na diminuição da encefalopatia.
À medida que os estudos aumentam, o papel dos probióticos na promoção do funcionamento saudável do fígado torna-se promissor. Porém, mais testes em humanos são necessários nessa área.
Fique ligado nas atualizações de pesquisas referentes aos probióticos.